O turismo de aventura tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos um pouco por todo o mundo e Portugal não é exceção. De entre todas as modalidades, o hiking, até por ser bastante acessível e adaptável a todas as idades, vem a destacar-se nos últimos anos. Opções não faltam de norte a sul do país e para todos os níveis de dificuldade, mas os Passadiços do Paiva, até pelo seu pioneirismo, são um dos ex-libris para os amantes da natureza do nosso país.
Os
Passadiços do Paiva estão localizados no concelho de Arouca (Aveiro), que dista
cerca de 65 km da cidade do Porto, e estão integrados no Arouca Geopark. Vindo desde
a Cidade Invicta a melhor e mais
rápida opção é apanhar a A32 e sair em Louredo e em seguida percorrer a
nacional 326 até à vila de Arouca. Uma vez na capital do concelho, não faltam
placas a indicar o caminho, que basicamente é seguir a mesma N326-1 em direção
a Alvarenga.
Os
Passadiços têm um trajeto linear de 8 km, e ligam a Praia Fluvial do Areirinho à
aldeia de Espiunca, no entanto os mais aventureiros podem fazê-lo de maneira
circular, isto é, voltando para trás e terminando no ponto de partida, fazendo
um total de 16 km.
Caso
opte por fazer o percurso de maneira linear, recomenda-se que o faça no sentido
Areinho – Espiunca que é menos exigente fisicamente (a subida da grande
escadaria da Garganta do Paiva é feita quando as pernas ainda estão frescas).
Se for de automóvel isso também não é problema: a área do Areinho
Se por outro lado tiver destreza física para fazer o percurso em 16 km, aconselha-se a que o inicie no lado oposto, isto é, em Espiunca. Assim apanha a parte mais exigente a meio do percurso. Do lado de Espiunca também não falta estacionamento!
O mais importante é desfrutar deste magnífico encontro com a natureza! E que encontro! Ao longo dos seus 8 km de extensão, os passadiços acompanham o leito do Rio Paiva, um dos rios mais limpos da europa. O seu vale é de alto interesse geológico, uma vez que se encontra numa zona de transição entre paisagens de xisto e de granito, o que resulta num grande número de acidentes geológicos curiosos, como a já mencionada Garganta do Paiva ou a Falha de Espiunca.
Cascatas, praias fluviais (Areinho e Vau), fauna, flora, águas cristalinas e áreas de floresta autóctone são outros pontos altos do percurso. Ah! Não podemos deixar de mencionar as pontes suspensas!
A ponte
suspensa do Vau, perto da praia fluvial com o mesmo nome (já agora, um ótimo
lugar para se refrescar nas águas do Paiva ou comer um snack), é bastante pitoresca e em breve será aberta a maior ponte
suspensa do mundo, com mais de 500 m de extensão e 175 m de altura!